PRÓLOGO

Você gosta de jogos?
Eles adoram.
Especialmente se colocam fortunas em xeque.

Quem são Eles?
Você já os conhece.

Estão nas principais revistas, meio sociais e cargos importantes. São o chefe que ninguém conhece, são o mito das maiores empresas, das maiores fortunas. Mas, eles estão velhos. Breve serão substituídos. Por quem? PELOS MELHORES. Eis que os melhores sempre o foram. Eles são os alunos de notas mais altas na escola, os medalhistas de ouro nos campeonatos seja do que for, os que nunca erram, nunca são vistos em maus lençóis. Aqueles que todos nós queremos ser: Os Perfeitos.

Contudo, tudo que é misterioso penetra fundo em nossos olhos, instigam nossa alma. Está na essência do ser humano querer conhecer tudo aquilo que ainda não domina. Mesmo que isso custe caro.

E, afinal, qual o preço da perfeição? Penetre fundo nas almas das pessoas que a maioria buscar ser e conheça realmente o lado mal de ser perfeito.


PARTE I
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PARTE II

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Matthew caminhava furioso por todos os lados daquela sala. Em seus olhos via-se uma furia homicida. Sebastian estava sentado numa poltrona observando o anel contra a luz, suas pernas cruzadas elegantemente. - Matthew, por favor, sente-se; disse num tom de poder, com sua voz baixa, porém grave. O louro olhou o rapaz com desprezo e lançou: - Como você pode ficar tão calmo assim, Sebastian? Mabelly acabou de fugir num carro de loucos! Como vamos explicar para Eles o porque de ela não ir a missa conosco agora?!

Sebastian continuava muito encantado com o brilho do anel, particularmente com a pedra de diamante que faiscava. - Diremos que ela está doente e que precisei ficar em casa, em seus cuidados. É completamente aceitável. O louro observou os olhos pequenos do amigo lhe fitando. Era realmente uma boa desculpa. - Você vai acobertá-la? Sebastian fez que sim com a cabeça, guardando o anel no bolso. -Mas, ela vai precisar ter uma boa explicação pra me dar.

Naquele instante, todos os outros começaram a descer a escada. Meninas de vestidos bonitos e rapazes de terno e gravata pareciam animados, mas não falavam nada. Estavam em silêncio, concentrados. Passaram por Matthew e Sebastian e seguiram para a porta, onde tomariam seus respectivos carros. Matthew ofereceu o braço a Annemary quando ela passou. Ela lançou um olhar inquisitor à Sebastian e ele lançou a desculpa bolada. Rapidamente Anne entendeu e disse: - Ah sim! Espero que ela melhore logo... Agora é hora de irmos Matt, ou chegaremos atrazados. Aviso a Eles sobre vocês. Até logo, Bastian.

O oriental sorriu a moça e de modo significativo à Matthew, que se retirou sem dizer uma palavra, ainda carrancudo. Sebastian estava sozinho agora. Observou a sala que agora estava mal iluminada e suspirou. Onde diabos Mabelly estaria? E porque ela havia feito aquilo? Não parecia em nada com o que era típico dela.

Ele subiu a longa escadaria afrouxando a gravata, para depois arrumá-la novamente olhando pors lados desconfiado. Foi até o quarto de Mabelly e adentrou. Observou o local e sentiu o cheiro do perfume que ela passara antes de sair. Era seu preferido. Ele nunca havia dito, mas de fato era. Sentou-se na cama de dorsel da moça e suspirou novamente. Nenhum bilhete, nem mesmo uma pista de onde ela poderia estar.

Sacou o celular do bolso e discou o número da menina, o único que realmente sabia de cor, além do seu. Chamou até cair a ligação. Ele tentou novamente. E denovo. Após a quinta vez, acabou desistindo. Ela não iria lhe atender. Uma pequena furia começou a brotar por seus olhos. Ele saiu do quarto à pés pesados e sentou-se novamente na mesma poltrona. Uma hora ela teria de voltar para casa.

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"Afinal, quem era ela? Já nem sabia responder. Não que já tenha conseguido de um bom modo, mas pelo menos ela tinha alguma idéia. Agora nem isso. Não passava de uma metamorfose diária e adaptável ao meio." - O Tempo, a Casa e a Essência. http://t.co/QvNc7cj