PRÓLOGO

Você gosta de jogos?
Eles adoram.
Especialmente se colocam fortunas em xeque.

Quem são Eles?
Você já os conhece.

Estão nas principais revistas, meio sociais e cargos importantes. São o chefe que ninguém conhece, são o mito das maiores empresas, das maiores fortunas. Mas, eles estão velhos. Breve serão substituídos. Por quem? PELOS MELHORES. Eis que os melhores sempre o foram. Eles são os alunos de notas mais altas na escola, os medalhistas de ouro nos campeonatos seja do que for, os que nunca erram, nunca são vistos em maus lençóis. Aqueles que todos nós queremos ser: Os Perfeitos.

Contudo, tudo que é misterioso penetra fundo em nossos olhos, instigam nossa alma. Está na essência do ser humano querer conhecer tudo aquilo que ainda não domina. Mesmo que isso custe caro.

E, afinal, qual o preço da perfeição? Penetre fundo nas almas das pessoas que a maioria buscar ser e conheça realmente o lado mal de ser perfeito.


PARTE I
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02
03
04
05
06
07
08
09

PARTE II

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Sebastian escutou um barulho de carro, depois de salto contra o cascalho e só então viu a porta se abrir. Mabelly apareceu completamente despenteada e com o vestido amassado, parecia muito desconfiada. Parecia cansada, também. Ele não havia dormido até então. Quando a viu atravessar silenciosamente a porta da sala em direção à escadaria, levantou-se e chamou seu nome baixo, mas com seu tom mais carrasco.

Num sobresalto, ela levou as mãos ao coração. Depois que o reconheceu, ficou completamente corada. Sebastian caminhou até onde ela ficando a centimentros do seu rosto. Sua respiração irregular contra o rosto dela, seus ombros caídos, sua gravata frouxa. - Onde você estava? Mabelly imediatamente levou suas mãos ao pescoço do rapaz e arrumou-lhe a gravata, o fez também arrumar os ombros. - Sabe que não pode ficar assim. Ele suspirou. - Onde está o seu anel?

Ela baixou as mãos no mesmo instante. A cabeça as seguiu. Sebastian estava muito próximo, mas não passava nenhuma sensação de proteção, como costumava passar. - Eu não sei. Acho que o esqueci sobre a cama, ou a mesa... Vou procurá-lo lá em cima se me der licença...

Bastian suspirou novamente. - Agora além de fugir dos seus compromissos, você também aprendeu a mentir, Mabelly? Ele retirou o anel do bolso e o mostrou a ela estendido na palma da mão. - Onde você o encontrou? Achei que o tinha perdido! Ela parecia muito feliz em ver novamente aquele objeto e tentou pegá-lo. Sebastian parecia impassível e fechou a mão. - Eu menti a todos por você, e você sabe que odeio mentiras. Perdi pontos por não ter ido à missa e ao jantar e perdemos ordens importantes também. Tudo por culpa dessa sua maldita saidinha! Que espécie de garota você está se tornando, Mabelly?! Espero que esteja satisfeita agora, você quase estragou tudo para nós dois!

Apesar das palavras cruéis, ela sabia que no fundo Sebastian só estava preocupado e cansado. Ele permaneceu estático e atirando sua respiração pesada contra o rosto dela. Com certo medo da reação dele, ela estendeu seus braços ao redor da cintura do rapaz e o abraçou. Teve a mesma sensação de estar abraçando um estátua. Ele não relaxou, não moveu um músculo para retribuir o abraço. Após alguns minutos de constrangimento, Mabelly o soltou. Ele pegou sua mão direita ainda no ar e colocou o anel ali.

- Tudo já está no seu lugar, Mabelly, correndo como deve correr. Não estrage tudo com seus defeitos. Você não precisa de nenhum deles; E beijando o dorso da mão da garota com seus lábios frios, ele a deixou à meia luz da sala vazia, subindo as escadas.

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"Afinal, quem era ela? Já nem sabia responder. Não que já tenha conseguido de um bom modo, mas pelo menos ela tinha alguma idéia. Agora nem isso. Não passava de uma metamorfose diária e adaptável ao meio." - O Tempo, a Casa e a Essência. http://t.co/QvNc7cj