PRÓLOGO

Você gosta de jogos?
Eles adoram.
Especialmente se colocam fortunas em xeque.

Quem são Eles?
Você já os conhece.

Estão nas principais revistas, meio sociais e cargos importantes. São o chefe que ninguém conhece, são o mito das maiores empresas, das maiores fortunas. Mas, eles estão velhos. Breve serão substituídos. Por quem? PELOS MELHORES. Eis que os melhores sempre o foram. Eles são os alunos de notas mais altas na escola, os medalhistas de ouro nos campeonatos seja do que for, os que nunca erram, nunca são vistos em maus lençóis. Aqueles que todos nós queremos ser: Os Perfeitos.

Contudo, tudo que é misterioso penetra fundo em nossos olhos, instigam nossa alma. Está na essência do ser humano querer conhecer tudo aquilo que ainda não domina. Mesmo que isso custe caro.

E, afinal, qual o preço da perfeição? Penetre fundo nas almas das pessoas que a maioria buscar ser e conheça realmente o lado mal de ser perfeito.


PARTE I
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04
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PARTE II

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Ela não pode sentir seus joelhos quando o viu terminar o último degrau. Deixou-os encontrar o chão, as mãos levou ao rosto. O que diabos ela havia feito? Fugir, mentir, roubar, trair e magoar... Nada daquilo parecia nem um pouco com o que havia montado para si durante toda a vida. Estava tudo muito errado e ela sentia muita vergonha de si mesma.

Mas, já era tarde e ela precisaria acordar cedo naquele dia. "Hora de dormir, ou pelo menos tentar.", ela disse para si mesma e levantou-se com dificuldade. Subiu as escadas vagarosamente em direção seu quarto. Seus dedos se perdiam por cima da madeira polida do corre-mão. Passou direto pela porta que deveria entrar. Retirou os saltos na porta do quarto ao lado. Abriu-a, deixando apenas uma pequena fresta de luz entrar. Tudo estava em silêncio, mas ela sabia que ele estava acordado. Caminhou até a cama e sentou-se ali, com todo cuidado.

- O que você quer? Uma voz masculina parecia acordada demais. Ele também não havia dormido até agora, pelo visto. - Posso dormir aqui? Ela disse, sentindo o gosto amargo de engolir o próprio orgulho e a humilhação que era para ela pedir aquilo. - Não. Ele respondeu ríspido e frio. Lágrimas quentes fizeram a garganta da menina doer enquanto ela as engolia. Ela jamais choraria perto dele. Quando já ia levantar para se retirar, sentiu seu pulso sendo segurado com muita força, depois os braços dele a puxaram para a cama, deitando-a ao seu lado.

Pela pequena luz da porta, Mabelly pode ver os olhos dourados de Matthew faiscarem. Ele tinha milhares de dúvidas e ela precisaria responder a todas elas, sabia, mas estava cansada demais para isso. Só então ela sentiu o cheiro forte de álcool que ele exalava. Levou seus dedos aos cabelos dele e os acariciou. Ele fechou os olhos, virou-se para o outro lado, puxando os braços dela para lhe envolverem a cintura, segurando-os muito firme ali. - Você é uma imbecil, Belly; disse com a voz grogue de sono. Ela deu um sorriso para os cabelos dele e respondeu: - Também te amo, Matt. E ele então dormiu.

Só minutos depois ela conseguiu dormir também. A cama de Matthew, seu melhor amigo, era o único lugar onde ela realmente podia se sentir protegida agora, ou pelo menos sentir-se novamente a mesma.

Se bem que ela nunca mais o seria.

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"Afinal, quem era ela? Já nem sabia responder. Não que já tenha conseguido de um bom modo, mas pelo menos ela tinha alguma idéia. Agora nem isso. Não passava de uma metamorfose diária e adaptável ao meio." - O Tempo, a Casa e a Essência. http://t.co/QvNc7cj